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Taxa de emissão do bitcoin após halving está menor que a do ouro, revela análise

Em relatório, Glassnode destaca que mudança ocorreu pela primeira vez na história e amplia escassez da criptomoeda

Bitcoin teve novo halving no dia 19 de abril (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin teve novo halving no dia 19 de abril (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 24 de abril de 2024 às 15h11.

A empresa de análise de mercado Glassnode divulgou um relatório na última terça-feira, 23, em que aponta que a taxa de emissão de bitcoin está menor do que a taxa de aumento de oferta de ouro no mercado. O relatório da companhia destaca que é a primeira vez que essa dinâmica ocorre, destacando sua importância.

No relatório, os analistas da Glassnode destacam que, após o halving da última sexta-feira, 19, a taxa de liberação de novas unidades da criptomoeda no mercado caiu para 0,85%, uma redução em relação à taxa de 1,7% observada antes do evento. Na prática, isso fez com que a taxa de "inflação" do ativo ficasse menor que a do ouro.

A taxa de inflação leva em conta o crescimento da oferta de um determinado ativo em um período de tempo. Ou seja, o crescimento de oferta do bitcoin no mercado está, agora, menor que o crescimento da oferta de ouro, algo que ocorreu pela primeira vez desde que o ativo digital foi criado.

A Glassnode destaca que o marco pode simbolizar "uma passagem histórico do título de ativo mais escasso" do mercado. E essa mudança só foi possível devido ao halving, que realiza um corte pela metade na quantidade de unidades de bitcoin que são liberadas no processo de mineração.

Antes do halving de 2024, eram liberados 6,25 unidades da criptomoeda como uma recompensa fixa por bloco minerado. Agora, a recompensa caiu para 3,125 unidades, com uma projeção da Glassnode de uma queda no crescimento diário de oferta para 450 unidades por dia, já levando em conta uma combinação de vendas e ativos minerados.

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Até o momento, 93,75% de toda a oferta possível do bitcoin já foi minerada e disponibilizada no mercado. O ativo possui uma quantidade máxima disponível, de 21 milhões de unidades. Segundo a Glassnode, cerca de 50% dessa oferta restante deverá ser minerada até o próximo halving, em 2028.

Muitos investidores destacam a importância do halving exatamente pela redução na taxa de crescimento da oferta do ativo, destacando que, com uma tendência de demanda crescente pela criptomoeda no mercado, a queda no ritmo de expansão da oferta abre margem para valorizações significativos no preço do ativo.

Por outro lado, a Glassnode destaca que o impacto do halving no preço do bitcoin tem diminuído a cada ciclo, tanto devido à redução na quantidade de moedas mineradas quanto devido à constante expansão do ecossistema e do mercado de negociação ligado ao ativo. Por isso, a empresa defende que será mais importante observar outros elementos do mercado, como a demanda por ETFs de bitcoin, para avaliar a trajetória de preço do ativo.

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