Uma combinação de ciclones tropicais e chuvas intensas de monção deixou um rastro de destruição em várias regiões da Ásia, causando mais de 1.100 mortes até esta segunda-feira, 1, e deixando milhares de pessoas desabrigadas.
Autoridades alertam que o número de vítimas deve aumentar nos próximos dias. Três sistemas tropicais se formaram simultaneamente, incluindo um raro ciclone no estreito de Malaca, provocando ventos fortes e chuvas torrenciais ao longo da última semana. Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietnã foram duramente atingidos por enchentes e deslizamentos de terra.
Na Indonésia, a situação é crítica: pelo menos 604 pessoas morreram e 464 estão desaparecidas. Quase 300 mil moradores foram deslocados e cerca de 3 mil casas sofreram danos, sendo 827 completamente destruídas. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram moradores de Sumatra tentando atravessar barreiras destruídas e ruas alagadas para conseguir alimentos, medicamentos e combustível.
Fenômeno raro
O ciclone Senyar, que se formou próximo ao Equador — algo incomum devido à baixa força de rotação terrestre nessa região — foi classificado pela agência meteorológica da Indonésia como um fenômeno “raro”, embora mais frequente nos últimos cinco anos.
Outros dois sistemas agravaram a tragédia: o tufão Koto, que causou inundações nas Filipinas antes de atingir o Vietnã, e o ciclone Ditwah, que devastou o Sri Lanka.
No Sri Lanka, enchentes e deslizamentos já deixaram 366 mortos e 367 desaparecidos. Mais de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas recordes, as piores em duas décadas. Cerca de 148 mil moradores estão em abrigos temporários, enquanto equipes de resgate trabalham para liberar estradas bloqueadas e levar ajuda às áreas isoladas.
Na Tailândia, ao menos 170 pessoas morreram em meio às piores enchentes dos últimos dez anos. O governo anunciou compensações de até 2 milhões de baht (cerca de £47 mil) para famílias que perderam parentes, mas enfrenta críticas pela resposta à crise. Dois funcionários locais foram suspensos por falhas na gestão do desastre.
No Vietnã, novas chuvas de até 150 mm são previstas para esta semana em regiões que ainda se recuperam de enchentes históricas. Já na Malásia, duas pessoas morreram e cerca de 18.700 permanecem em centros de evacuação após inundações no estado de Perlis.
Especialistas alertam que o aquecimento dos oceanos, causado pelas mudanças climáticas, intensifica a força dos ciclones tropicais e aumenta a frequência de chuvas extremas, embora o número total de tempestades anuais não tenha se alterado globalmente.
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 14 de maio de 2024. Crédito: Anselmo Cunha / AFP)
(Homens movem pacotes em um barco através de uma rua inundada no centro histórico de Porto Alegre)
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Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. A água e a lama tornaram os estádios e sedes do Grêmio e Internacional inoperáveis. Sem locais para treinar ou jogar futebol, os clubes brasileiros tornaram-se equipes itinerantes para evitar as enchentes que devastaram o sul do Brasil. (Foto de SILVIO AVILA / AFP)
(Vista das áreas inundadas ao redor do estádio Arena do Grêmio em Porto Alegre)
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Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 29 de maio de 2024. Foto de SILVIO AVILA / AFP
(Vista aérea do centro de treinamento do Internacional ao lado do estádio Beira Rio em Porto Alegre)
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Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta, entre os municípios de Lajeado e Arroio do Meio, no Rio Grande do Sul, Brasil, em 21 de maio de 2024. O Rio Grande do Sul experimentou um desastre climático severo, destruindo pelo menos seis pontes e causando interrupções generalizadas no transporte. O exército respondeu construindo pontes flutuantes para pedestres, uma solução temporária e precária para permitir que a infantaria atravesse rios durante conflitos. (Foto de Nelson ALMEIDA / AFP)
(Pessoas atravessam uma ponte flutuante para pedestres sobre o rio Forqueta)
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Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, em 26 de maio de 2024. O estado sulista do Rio Grande do Sul está se recuperando de semanas de inundações sem precedentes que deixaram mais de 160 pessoas mortas, cerca de 100 desaparecidas e 90% de suas cidades inundadas, incluindo a capital do estado, Porto Alegre. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Ana Emilia Faleiro usa um barco para transportar suprimentos em uma rua inundada em Porto Alegre)
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Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Um homem limpa sua casa atingida pela enchente no bairro Sarandi)
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Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 27 de maio de 2024. Esta é a segunda enchente histórica que Marks enfrenta aos 94 anos de idade. A primeira foi em 1941, quando ele morava no centro de Porto Alegre. Cidades e áreas rurais no Rio Grande do Sul foram atingidas por semanas por um desastre climático sem precedentes de chuvas torrenciais e enchentes mortais. Mais de meio milhão de pessoas fugiram de suas casas, e as autoridades não conseguiram avaliar completamente a extensão dos danos. (Foto de Anselmo Cunha / AFP)
(Alcino Marks limpa corrimãos sujos de lama após a enchente no bairro Sarandi)
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(Um trabalhador usa uma mangueira de alta pressão para remover a lama acumulada pela enchente)
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(Destruição no RS após chuvas e enchentes)
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Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, tirada em 14 de maio de 2024. Foto de Anselmo Cunha / AFP
(Vista da estátua de José e Anita Garibaldi na inundada Praça Garibaldi)
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Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria (RS).
(Resgate de pessoas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, na Base Aérea de Santa Maria)
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Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”
(Eduardo Leite: “Faremos de tudo para garantir que a reconstrução preserve nossas vocações”)
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Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS)
(Imagem aérea de sobrevoo do presidente Lula em Canoas (RS))
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(Imagem aérea da destruição no Rio Grande do Sul - Força Aérea Brasileira/Reprodução)
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Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 13 de maio de 2024. Foto de Nelson ALMEIDA / AFP
(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas)
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(Vista aérea mostrando a estrada ERS-448 inundada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul)