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Moda em busca da sustentabilidade

Hoje, a indústria da moda é responsável por 8% das emissões de gás carbônico

Participantes da 1ª imersão do Núcleo de Moda desfilaram peças colaborativas  (Valdinei Sousa/Divulgação)
Participantes da 1ª imersão do Núcleo de Moda desfilaram peças colaborativas (Valdinei Sousa/Divulgação)

Hoje, a indústria da moda é responsável por 8% das emissões de gás carbônico. E o poliéster é o seu maior vilão. Mas podemos reverter esta situação com boas ideias e exemplos.

Começo o texto pelo desafio para depois dar as notícias boas, ok?

É quase certo que você tenha, pelo menos, uma peça de jeans no seu guarda-roupa. Estou certa?

Mas você saiba que a produção do jeans é uma das mais poluentes do mundo?

No mercado da moda, o poliéster é uma das fibras mais usadas.

Veja, o poliéster é responsável pela emissão anual de 32 milhões das 57 milhões de toneladas globais produzidas pelo setor.

Hoje, a indústria da moda é responsável por 8% das emissões de gás carbônico – e só perde para a indústria do petróleo.

Agora vem a notícia boa: para entrar na rota da ‘descarbonização’, a Fundação Ellen MacArthur criou o projeto The Jeans Redesign. A ideia é fazer uma transição para a economia circular.

Perto de 100 organizações de 25 países participam do projeto e - desde 2019 - “reciclaram” mais de 1 milhão e 500 mil peças de jeans.

Elas se tornaram duráveis, de fácil reciclagem e produzidas com materiais e processos seguros o que mexe em toda a produção.

Do material dos botões até os químicos da lavagem!

Empresas como Zara e C&A, participam deste projeto e o objetivo é ganhar o certificado de conteúdo reciclado e orgânico.

As empresas estão espalhadas por vários países como: Turquia, Paraguai e Paquistão.

Eu adorei o exemplo que a C&A realizou no Brasil. Em 2020, a C&A lançou a coleção Ciclos que é uma linha de shorts, calças, saias e jaquetas jeans com certificação mundial pelo selo de sustentabilidade Cradle to Cradle.

Para poder utilizar o selo a empresa precisa ter condutas justas com trabalhadores e com meio ambiente.

Como por exemplo: Peças sem poliéster, etiquetas em silk e com tinta sustentável, zíper sem banho de níquel e peças sem tachinhas em volta dos bolsos.

Outra iniciativa interessante da C&A foi fazer 200 lojas da rede recolherem peças usadas.

As que estavam em boas condições de uso foram doadas para o Instituto C&A e as restantes foram direto para reciclagem e se transformaram em telhas, tapetes e cobertores sociais.

Nota Importante: - Estamos falando de uma economia circular que precisa de um forte apoio das pequenas empresas, startups e de todos nós empreendedores. Afinal, é nossa responsabilidade empreender dentro das regras ESG e estimular a todos para que cuidem do planeta.

Se cada um fizer um pouco teremos um futuro mais lindo e saudável para quem amamos!