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Prefeitura investiga contrato com pousada que pegou fogo em Porto Alegre

Um incêndio numa pousada na região central de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, deixou 10 mortos na madrugada de sexta

Incêndio: chamas atingem pousada em Porto Alegre (RS) (X (antigo Twitter)/Reprodução)

Incêndio: chamas atingem pousada em Porto Alegre (RS) (X (antigo Twitter)/Reprodução)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 27 de abril de 2024 às 12h22.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), determinou, na sexta-feira, 26, que a prefeitura abra Investigação Preliminar Sumária (IPS) para investigar as circunstâncias que envolvem o contrato de prestação de serviço firmado entre o município e a Pousada Garoa, que desde 2020 fornece leitos ao município para abrigar pessoas em situação de rua. A pousada pegou fogo na madrugada de sexta-feira, 26, o incêndio matou 10 pessoas e deixou 15 feridos.

O prefeito também determinou que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) faça vistorias em 22 estabelecimentos usados pela prefeitura para abrigar pessoas em situação de vulnerabilidade. As vistorias e a IPS devem ser concluídas em dez dias.

Questionado sobre o fato de a pousada não ter Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) e por isso, segundo os bombeiros, funcionar de forma irregular, o prefeito afirmou que, por lei, cabe ao dono da empresa fazer a regularização.

"Não vou me pronunciar sobre isso, em respeito a quem nós temos muito carinho, respeito, que são os bombeiros. Essa questão de PPCI compete à empresa que abre, seja de qualquer atividade", afirmou o prefeito da capital gaúcha.

Melo lamentou mais uma vez o incêndio: "Hoje é um dia de profunda tristeza porque Porto Alegre perde 10 de seus filhos nesta tragédia. Desde a madrugada trabalhamos para acolher vítimas na rede hospitalar e de assistência, e providenciar enterro digno para quem perdeu entes queridos.

Determinamos que se averigue a situação de todos os abrigos e pousadas para encaminhamento de medidas em 10 dias", disse.

A reportagem tenta contato com os donos ou responsáveis pela pousada para que se manifestem sobre a questão do PPCI.

Pouco antes da entrevista coletiva, Melo decretou luto de três dias no município em razão das mortes.

Também presente na coletiva, o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, atualizou os dados de hospitalizados em razão do incêndio. Segundo ele, 15 pessoas feridas chegaram a ser encaminhadas para atendimento hospitalar via Sistema Único de Saúde.

Dessas 15, duas seguem em estado grave, cinco permanecem em atendimento, mas sem risco de morte, e sete foram liberadas ao longo da sexta-feira, 26. Além disso, um ferido foi encaminhado para atendimento em um hospital particular.

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