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Apresentado por BRETON

“Alfaiataria de móveis”, Breton dá início à expansão internacional com flagship em Dubai

Com 19 lojas no Brasil, a marca de design planeja chegar a dez unidades fora do país em cinco anos

Especializada em design brasileiro autoral: a flagship ficará a poucos quilômetros do Burj Khalifa , o prédio mais alto do mundo. (Breton/Divulgação)

Especializada em design brasileiro autoral: a flagship ficará a poucos quilômetros do Burj Khalifa , o prédio mais alto do mundo. (Breton/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 2 de abril de 2024 às 14h40.

Dez anos atrás, a Breton somava cinco lojas, quatro delas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. De lá para cá, a marca de design, uma das mais festejadas do país, chegou a 20 unidades. A mais recente delas, inaugurada no dia 7 de março, deu início à expansão internacional. Fica em Dubai, uma das metrópoles mais vibrantes do Oriente Médio. “O design de móveis brasileiro é cada vez mais valorizado por consumidores estrangeiros”, afirma André Rivkind, CEO da Breton, ao justificar a inauguração.

Não por acaso, cerca de 20 residências no exterior foram montadas, no ano passado, com itens da marca. “A situação cambial nos é favorável e nossos produtos primam pela qualidade da matéria-prima e do acabamento”, acrescenta o executivo. “Nossa meta é chegar a dez unidades fora do país em cinco anos”.

Cidade mais conhecida dos Emirados Árabes e a mais populosa, Dubai é tida como um ponto de partida estratégico para a expansão internacional. “É um dos destinos mais cosmopolitas do mundo”, lembra Rivkind. “O mercado de mobiliário de lá não para de crescer, impulsionado pelo número cada vez maior de hotéis e residências, e o público local é conhecido por privilegiar produtos de qualidade.”

Na última década, estima-se, o varejo em Dubai movimentou US$ 10 bilhões. E a cidade, que é referência no segmento de alto padrão, faz as vezes de centro de distribuição para o resto do Oriente Médio.

A flagship da Breton em Dubai

A poucos quilômetros do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, a nova flagship da Breton se espalha por um terreno de 3.000 metros quadrados em um dos bairros mais conhecidos de Dubai – fica na Al Wash Rd. A arquiteta responsável pela novidade é a paulistana Fernanda Marques, que reformou um imóvel que já existia e acrescentou nele um arrojado cubo de vidro.

A intervenção contribui ainda mais com a entrada de luz natural, que a arquiteta adora privilegiar. No cubo de vidro, que faz as vezes de vitrine, a Breton reproduziu uma sala de estar unificada a uma sala de jantar.

Móveis inusitados, e ao mesmo tempo acolhedores e sofisticados, foram selecionados para esse ambiente. “Pensamos em uma vitrine com cara de casa, mas que, ainda assim, comunicasse o Brasil, seu potencial natural em face da urgente questão da preservação”, declarou Marques.

No novo endereço, os consumidores vão encontrar praticamente os mesmos móveis que se avistam nas demais unidades da Breton. “Acreditamos que o público de Dubai tenha interesses similares aos dos clientes brasileiros”, afirma o CEO da marca. “Com certeza, porém, faremos algum ajuste ou outro para atender preferências locais.”

Orgulho nacional

Especializada em design brasileiro autoral, assinado por profissionais consagrados e expoentes, a Breton é conhecida, principalmente, pelos sofás, pelas poltronas e pelas mesas de jantar e suas respectivas cadeiras. Complementos para itens do tipo, a exemplo de mesas de centro, mesas laterais e lustres, também fazem enorme sucesso. Orgulhosa de sua origem, a Breton se apresenta lá fora como uma empresa do Brasil – e não do “Brazil”.

A julgar pelas peças selecionadas para decorar as flagships da marca, ela é focada em móveis para cômodos enormes. Mas isso não é verdade. A Breton, convém esclarecer, aposta muitas fichas na personalização. “Nossos produtos são 100% customizáveis para se adequarem ao gosto e aos imóveis dos clientes”, explica Rivkind. Vale para medidas, tecidos e acabamentos. Não à toa, a Breton se apresenta como uma alfaiataria de móveis.

A flagship em Dubai, assim como as demais lojas do grupo, está determinada a provocar um impacto positivo no meio ambiente. A cada compra, em qualquer unidade, a Breton planta uma árvore na Mata Atlântica.

Impacto positivo

Graças a isso, a companhia obteve o selo de “carbono negativo” em 2022. Em 2020 e 2021, era considerada “carbono neutro”, por compensar todas as suas emissões. Todas as embalagens são reutilizadas e as que precisam ser descartadas são recicladas. Toda madeira é proveniente de área de reflorestamento.

Com mais de 50 anos de história, a Breton foi fundada e é conduzida por uma única família. Em março, em paralelo à inauguração da flagship internacional, a marca lançou sua nova coleção. Apresentada primeiramente em Dubai, ela ganhou o nome de “I am Breton Brasil”. Inspirada em paisagens verde-amarelas, é composta de peças feitas de materiais como mármores brasileiros, madeiras diversas e cordas náuticas, entre outros. As formas e os desenhos remetem, por exemplo, aos lençóis maranhenses, ao desenho da folha do pau-brasil, aos troncos das árvores da Amazônia e às montanhas do Jalapão.

Quem assina a curadoria da nova coleção é Daniel Pegoraro, diretor de Estilo, Imagem e Produto da Breton. Um dos nomes que ele selecionou é o da própria Fernanda Marques, responsável, por exemplo, pela linha de mesas apelidada de Serras. Carlos e Caio Carvalho, do Estúdio Rocca; Valter Costa; Eduardo Trevisan; Suíte Arquitetos; Karol Suguikawa, Luisa Moyses; Victor Vasconcelos; Bruno Niz; Carol Gay; Rapha Preto e Estúdio FR também integram a nova coleção.

No mês de abril, dando sequência ao lançamento da coleção, a marca também estreia em parceria com Fernanda Marques na Sp-Arte, para explorar as conexões entre arquitetura, arte e design. Será apresentada uma retrospectiva, além dos trabalhos mais recentes de Fernanda para a marca. Esses produtos, quase artesanais, possuem uma complexidade técnica que os pode comparar a legítimas obras de arte. Eles marcam um momento de reflexão da arquiteta sobre a natureza singular do território brasileiro, em confronto com a nossa realidade produtiva, bem como com as necessidades do habitar contemporâneo.

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