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Falta de espaço gera 'guerra das pernas' em aviões

Reclinar ou não o assento é um assunto que provoca debates há anos

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Iluminação: há milhares de combinações de luz possível para dar ambientes mais agradáveis (Divulgação/Airbus)

Iluminação: há milhares de combinações de luz possível para dar ambientes mais agradáveis (Divulgação/Airbus)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2014 às, 19h10.

Reclinar ou não a poltrona no avião? Após dois recentes episódios ocorridos nos Estados Unidos, a "guerra das pernas" provoca um debate acalorado sobre a unânime impressão de que os espaços nas aeronaves estão diminuindo.</p>

Reclinar ou não o assento "é um assunto que provoca debates há anos", afirma à AFP Sarah Schlichter, redatora-chefe do guia de viagens IndependentTraveler.com.

"Mas episódios recentes mostram a insatisfação das pessoas com a qualidade de suas viagens de avião", acrescenta.

Num intervalo de poucos dias, duas aeronaves mudaram de rota por causa de passageiros furiosos com vizinhos que reclinaram suas poltronas.

Em um voo da United Arlines que fazia o trajeto Newark-Denver - desviado para Chicago - um passageiro chegou a usar um apetrecho que permite bloquear a inclinação do assento dianteiro.

O "protege joelhos" ("Knee Defender"), que pode ser comprado por US$ 22 (cerca de R$ 60), teve um considerável aumento em suas vendas nos últimos dois anos.

"As pessoas viajam mais, em aviões cada vez mais apertados, o espaço fica escasso e as companhias aéreas continuam a fornecer cadeiras reclináveis", argumenta o inventor do gadget, Ira Goldman. O empresário, que mede 1,92m e percorre pelo menos 150.000 km de avião anualmente, inventou o objeto há 11 anos.

Chutes vingativos

"A guerra entre aqueles que reclinam a poltrona e aqueles que querem mais espaço para suas pernas está aumentando", ironizava nesta sexta-feira o site Gawker.com.

"Inclinar a cadeira é uma atitude diabólica", estima um editoral da versão eletrônica da revista Slate, assinado por Dan Kois. O jornalista evoca uma longa viagem com "o assento de uma aparentemente inofensiva professora tão perto do meu queixo que, para enxergar o monitor, eu tinha, praticamente, que ficar vesgo".

No The New York Times, Josh Barro defendeu os que reclinam a poltorna. "Eu viajo muito de avião e reclino a poltrona, sim. Não me sinto culpado", escreveu.

"Ficaria muito feliz se a indústria do transporte aéreo se dignasse a solucionar o problema, deixado de lado há anos", afirma o inventor do "Knee Defender".

Uma pesquisa feita pelo Wall Street Journal, divulgada em outubro de 2013, mostra que as companhias aéreas estão reduzindo os espaços para os passageiros da classe econômica de forma a dar mais conforto para os passageiros da executiva e da primeira classe, que pagam tarifas mais altas.

A norma para voos de longa duração passou de quase 46 cm de espaço nos anos 1970 e 1980 para pouco mais de 43 cm, segundo o jornal.

A título de comparação, uma poltrona de trem americano conta com um espaço de 52 cm, e a de um cinema, de 63 cm.

Para resolver o problema, empresas como EasyJet ou Ryanair abriram mão, em trajetos curtos, de poltronas reclináveis.

"Você comprou o bilhete de uma poltrona reclinável, ninguém pode impedi-lo de usá-la como quiser", estima Anna Post, diretora de uma das mais famosas escolas de etiqueta do mundo, o instituto Emily Post.

"Mas ter razão não justifica brigar a qualquer custo", diz Anna, alertando os passageiros para que "reclinem lentamente, para não baterem em ninguém".

"Às vezes, um pouquinho já basta para ficar confortável", pondera.

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