Mundo

Após inundanção "catastrófica" na Flórida, furacão Ian perde intensidade

Fenômeno passou por Cuba e agora deve seguir pelo interior da Flórida, emergir sobre o Oceano Atlântico e atingir os estados da Geórgia e da Carolina do Sul

Furacão: após inundanção "catastrófica" na Flórida, furacão Ian perde intensidade (AFP/AFP)

Furacão: após inundanção "catastrófica" na Flórida, furacão Ian perde intensidade (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 29 de setembro de 2022 às 07h12.

O furacão Ian perdeu intensidade durante a noite depois de afetar o estado da Flórida com chuvas torrenciais e ventos potentes, o que provocou inundações "catastróficas" e cortes de energia elétrica na região.

A Guarda Costeira procurava 20 migrantes desaparecidos após um naufrágio ao sul da rota do furacão. Três pessoas foram resgatadas e quatro conseguiram nadar até a costa.

Com ventos 185 km/h, Ian tocou o solo no sudoeste da Flórida durante a tarde e provocou "inundações catastróficas" em sua passagem, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

A tempestade provocou rajadas de vento de até 240 km/h quando tocou o solo, mas a intensidade caiu para 120 km/h durante a noite e o furacão foi rebaixado para a categoria 1 pelo NHC.

Ian, que devastou o oeste de Cuba nos últimos dias, deve seguir pelo interior da Flórida, emergir sobre o Oceano Atlântico e acabar afetando os estados da Geórgia e da Carolina do Sul, segundo previsões do NHC.

Ian deixou quase dois milhões de residências sem energia elétrica na Flórida, de acordo com site especializado PowerOutage.

LEIA TAMBÉM: Furacão Ian: Disney e Universal fecham parques temáticos na Flórida

Condados afetados

Muitos condados perto do local em que o furacão tocou o solo estavam completamente às escuras.

A cidade de Punta Gorda, sul do estado, tinha alguns poucos edifícios com iluminação, graças a geradores de energia elétrica.

Ventos fortes arrancaram os galhos de muitas palmeiras do centro, sacudindo até postes de energia, quando o ciclone ainda estava a cerca de 40 quilômetros da cidade.

Em Naples, no sudoeste da Flórida, imagens do canal MSNBC mostraram ruas completamente inundadas e carros flutuando na correnteza, enquanto em Fort Myers as inundações transformaram alguns bairros em lagos.

Em alguns pontos, as inundações superavam três metros, afirmou o governador do estado, Ron DeSantis.

Quase 2,5 milhões de pessoas estavam sob ordens obrigatórias para abandonar alguns condados na costa da Flórida, onde dezenas de abrigos foram preparados.

O governador republicano destacou na quarta-feira à noite que Ian "é um dos cinco furacões mais potentes a atingir a Flórida".

"Esta é uma tempestade sobre a qual falaremos durante muitos anos", declarou o diretor do Serviço Meteorológico Nacional (NWS), Ken Graham.

LEIA TAMBÉM: Furacão Ian atinge Cuba com ventos de até 205 km por hora

Ian em Cuba

Ian, que atingiu Cuba na terça-feira, provocou duas mortes e um corte quase total de energia elétrica na ilha.

Na quarta-feira à noite, a energia elétrica foi restabelecida em algumas áreas de Havana e outras 11 províncias, mas não nas três províncias mais afetadas do oeste da ilha.

Especialistas apontam que, à medida que a superfície dos oceanos se aquece, aumenta a frequência de furacões mais intensos, com ventos mais fortes e mais precipitação, mas não o número total de furacões.

De acordo com Gary Lackmann, professor de ciências atmosféricas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, vários estudos mostraram uma "possível ligação" entre as mudanças climáticas e um fenômeno conhecido como "intensificação rápida", quando uma tempestade tropical relativamente fraca se fortalece.

 Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo toda manhã no seu e-mail. Cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

Acompanhe tudo sobre:CubaFlóridaFuracões

Mais de Mundo

Biden promete a estudantes que escutará protestos por Gaza e trabalhará por 'paz duradoura'

Japão faz alerta depois de ursos atacarem diversas pessoas no nordeste do país

Espanha chama para consultas embaixadora na Argentina e exige desculpas de Milei

Após dois anos de pausa, Blue Origin, de Jeff Bezos, leva passageiros ao espaço

Mais na Exame