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Ibovespa sobe puxado por Petrobras (PETR4) com distribuição de dividendos no radar

Conselho da estatal aprovou distribuição de 50% dos dividendos extraordinários, retidos no início do ano

Ibovespa: mercado acompanha desdobramentos da Petrobras (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: mercado acompanha desdobramentos da Petrobras (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 22 de abril de 2024 às 10h24.

Última atualização em 22 de abril de 2024 às 17h31.

O Ibovespa fechou em alta de 0,36% nesta segunda-feira, 22, a 125.573 pontos. O movimento foi sustentado pelas ações da Petrobras, que subiram mais de 2%, após a decisão Conselho de Administração da companhia de propor o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,36%, aos 125.573 pontos

O montante equivale a R$ 22 bilhões em recebimentos adicionais aos seus acionistas. Para o governo, segundo o Ministério da Fazenda, a estimativa é de arrecadar R$ 6 bilhões, sendo que o valor pode dobrar se os dividendos forem pagos integralmente.

A proposta, no entanto, ainda irá para deliberação na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), agendada para quinta-feira, 25, mesmo dia da Assembleia Geral Ordinária (AGO). Nas ações, investidores ainda não reagem com tanta força. Às 14h33, PETR4 subia 2,10%, enquanto PETR3 subia 2,41%.

Investidores também repercutiram nesta segunda as falas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em dois eventos.

Falas de Campos Neto

Campos Neto reiterou que devido ao cenário de incerteza há agora alguns cenários possíveis para os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom)."Se a incerteza diminuir, voltamos para a forma de atuação que tínhamos começado. Outra forma é o aumento da incerteza ficar mais tempo e criar ruídos crescentes, então teremos que trabalhar como seria o 'pace' [ritmo], teríamos que diminuir o 'pace.'"

Na quarta-feira passada, 17, o presidente deixou claro que as incertezas aumentaram desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) - e esses riscos podem afetar o ritmo ou paralisar a queda da taxa de juros no Brasil. No exterior, ele citou que parte da incerteza é devido a possibilidade dos juros nos EUA serem cortados somente em 2025. Por aqui, a piora do ambiente no Brasil decorre da mudança da meta fiscal de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para déficit zero.

Já no radar político, o mercado está de olho na articulação do governo Lula para evitar que projeto de “pauta-bomba” de R$ 70 bilhões avance no Congresso. A “pauta-bomba” inclui uma série de propostas em tramitação que, juntas, podem ter um grande impacto nos cofres públicos. Entre elas, está a proposta de aumento de 5% nos vencimentos de juízes e promotores a cada cinco anos.

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