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Ibovespa cai e fecha no pior patamar do ano com ataque de Irã a Israel e mudança de meta fiscal

Movimento acompanhou queda global das bolsas de valores; risco de escalada de conflito e potenciais efeitos sobre o preço do petróleo mantêm investidores em modo cautela

Bolsa de valores: Ibovespa cai 0,49% a 125.334 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)

Bolsa de valores: Ibovespa cai 0,49% a 125.334 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)

Publicado em 15 de abril de 2024 às 10h34.

Última atualização em 15 de abril de 2024 às 18h09.

O Ibovespa fechou em queda 0,49% nesta segunda-feira, 15, a 125.334 pontos, o menor patamar desde novembro. O movimento negativo acompanhou a maior aversão ao risco no exterior, após o primeiro ataque direto do Irã a Israel, após ter sua embaixada na Síria bombardeada por forças israelenses. O dólar, que subiu no mundo inteiro, avançou 1,24% e fechou a R$ 5,185.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,49%, aos 125.334 pontos.

Foram mais de 300 drones e mísseis enviados a Israel, mas quase todos teriam sido interceptados pelas forças de defesa, segundo oficiais israelenses. Ninguém morreu. Após o ataque, o Irã afirmou que a retaliação estaria "concluída", o que amenizou os efeitos sobre o preço do petróleo, que fechou em leve queda, depois de ter subido na semana passada, em meio aos temores sobre o prenunciado ataque iraniana.

O temor, agora, é por uma escalada do conflito, tendo em vista que Israel prometeu retaliações. Parte relevante do risco está associado ao mercado de petróleo, que tem no Oriente Médio alguns de seus principais produtores, entre eles, o próprio Irã. O petróleo mais alto, vale ressaltar, tende a acelerar a inflação global, reduzindo a probabilidade de cortes de juros nas principais economias. Nos Estados Unidos, investidores passaram a precificar cortes de juros apenas em setembro, ante a previsão do início do ano de queda em março.

Mudança de meta fiscal

As movimentações na política interna também cobraram o preço na sessão desta segunda, com investidores precificando uma piora sobre a percepção fiscal. Como pano de fundo, esteve a divulgação, em Brasília, do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), de 2025. [/grifar] A decepção ficou com a alteração da meta fiscal para o próximo ano, que era de um superávit primário de 0,5% para uma meta de déficit zero. Para 2026, a meta, que era de 1% de superávit primário, caiu para para 0,25%.

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