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Dívida da Casas Bahia, cessar-fogo em Gaza e Lula com ministros: os assuntos que movem o mercado

Mercado asiático fechou em alta nesta segunda, 29, enquanto os índices futuros do Brasil e Estados Unidos também valorizam no pré-mercado

Radar: mercado acompanha desdobramentos entre Israel e Hamas (Casas Bahia/Divulgação)

Radar: mercado acompanha desdobramentos entre Israel e Hamas (Casas Bahia/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 29 de abril de 2024 às 08h50.

Última atualização em 29 de abril de 2024 às 08h52.

Os mercados internacionais e local, com exceção da Europa, operam com otimismo na manhã desta segunda-feira, 29. As bolsas asiáticas fecharam em alta à medida que ações de incorporadoras saltaram na China e em Hong Kong, em reação à notícia de que uma grande cidade chinesa eliminou restrições a compras de moradias. Já as bolsas dos Estados Unidos sobem no pré-mercado, ainda com a euforia aos balanços de Alphabet e Microsoft. No Brasil, o Ibovespa futuro também apresenta alta, impactado pela prévia da inflação vir abaixo do esperado.

Reestruturação de dívida da Casas Bahia

A Casas Bahia (BHIA3) anunciou um novo plano para estender o pagamento de suas dívidas, visando resolver de forma definitiva os problemas de caixa e saúde financeira do negócio. A empresa chegou a um acordo com seus principais credores, Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), que permite adiar pagamentos e preservar um montante significativo de caixa até 2027, totalizando R$ 4,3 bilhões.

Ao invés de recorrer à via da recuperação judicial, que gerava preocupações no mercado, a empresa optou por uma reestruturação mais simples. Esse plano, protocolado judicialmente, foi negociado diretamente com os bancos, que detêm 54,5% da dívida reestruturada, alcançando 66% se incluídas as debêntures da varejista em posse de suas assets. Vale ressaltar que essa reestruturação abrange apenas dívidas financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs emitidas aos bancos, deixando de fora os compromissos com fornecedores e seguradoras.

Negociações de cessar-fogo entre Israel e Hamas

Os mercados também acompanham os desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Pela primeira vez em quase sete meses de guerra, as autoridades israelenses sugeriram que estão abertas a discutir o fim da guerra. Isso porque o Egito teve a ajuda de Israel para formular e entregar uma proposta ao grupo Hamas que contemplaria a libertação de reféns israelenses e um cessar-fogo inicial de três semanas, em uma tentativa de evitar uma ofensiva militar de israelense na cidade de Rafah, no sul de Gaza.

Segundo autoridades egípcias, Israel se comprometeria a iniciar conversas de longo prazo assim que o Hamas libertasse o primeiro grupo de 20 reféns durante a trégua de três semanas. A medida representa o mais recente esforço dos mediadores para retomar as negociações, que se arrastaram durante cerca de cinco meses sem acordo.

O portal de notícias americano Axios informou, com base em dois funcionários de alto escalão do governo israelense, que a proposta mais recente do país inclui a vontade de debater o "restabelecimento de uma calma sustentável" em Gaza após a libertação de reféns. Na outra ponta, uma fonte do Hamas, que acompanha as negociações, declarou à AFP que o grupo está "aberto a discutir a nova proposta de maneira positiva."

Nesta segunda, 29, segundo declarou ao portal AFP uma fonte do alto escalão do grupo islamista palestino, uma delegação do Hamas, liderada por Khalil Al Hayya, chegará hoje ao Egito e apresentará a resposta do movimento à proposta israelense. Al Hayya é número dois do braço político do movimento em Gaza e anunciou no sábado, 27, que o Hamas estava examinando a resposta a uma contraproposta de Israel.

De olho nas autoridades brasileiras

Na agenda de hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já de volta a Brasília, se reunirá com quatro ministros, dentre eles o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e a ministra de Gestão, Esther Dweck. No final da tarde, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, dará uma palestra em um evento do Insper.

Balanços

A temporada de balanços segue com a divulgação hoje, após fechamento do mercado, dos destaques de Isa Cteep (TRPL4) e Copasa (CSMG3). Na sexta, 26, a Hypera (HYPE3) reportou seus números. A empresa farmacêutica registrou lucro líquido das operações continuadas de R$ 391,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 15,4% frente ao mesmo período de 2023.

O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas da companhia totalizou R$ 647,8 milhões, o que representa um crescimento anual de 10,2%. Já o lucro líquido contábil alcançou a marca de R$ 388,9 milhões no 1T24, avanço de 14,6% em relação ao mesmo período no ano passado.

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