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Ações da Prumo disparam após empresa aceitar valor maior em OPA

Ações ordinárias na Bovespa dispararam após controlador aceitar elevar para 10,51 reais o preço para oferta pública

Bovespa: atualmente, a norte-americana EIG tem 76,7 por cento do capital da Prumo e a Mubadala, outros 6,9 por cento (Germano Lüders/EXAME.com)

Bovespa: atualmente, a norte-americana EIG tem 76,7 por cento do capital da Prumo e a Mubadala, outros 6,9 por cento (Germano Lüders/EXAME.com)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 11h15.

Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 13h26.

São Paulo - As ações da Prumo Logística avançavam mais de 7 por cento na Bovespa nesta segunda-feira, após um de seus controladores aceitar elevar para 10,51 reais o preço para a oferta pública que vai tirar a empresa do Novo Mercado da BM&FBovespa, embora com condições.

A companhia, operadora do Porto do Açu, no Rio de Janeiro, informou que recebeu carta da norte-americana EIG discordando do valor indicado no laudo de avaliação realizado pela Brasil Plural, que trouxe uma faixa de valor entre 9,98 e 11,03 reais por ação, com média de 10,51 reais, ante o limite ofertado de 6,69 reais.

Atualmente, a norte-americana EIG tem 76,7 por cento do capital da Prumo e a Mubadala, outros 6,9 por cento.

Apesar de discordar, a EIG afirmou na carta acreditar que é do melhor interesse da Prumo o cancelamento de registro, em razão da dificuldade de atração de recursos via mercado para o atendimento das necessidades da companhia.

"A EIG está em tratativas com Itaú e Mubadala e tem a intenção de continuar com a oferta pública ao preço de 10,51 reais por ação, caso o Itaú e Mubadala aceitem aprovar o cancelamento de registro da companhia; e se comprometer a continuar como acionistas da companhia após a oferta."

A EIG também disse que acredita ser essencial a realização da oferta pública na maior brevidade possível, tendo em vista a necessidade iminente de capital na companhia.

"Desta forma, caso as condições da EIG sejam atendidas e a oferta pública seja lançada, a EIG somente pagará o preço de 10,51 reais por ação se não houver requisição de acionistas minoritários por um segundo laudo de avaliação", afirmou.

No mesmo documento, a EIG citou que "o valor justo indicado no laudo de avaliação não reflete a situação da companhia e adota determinadas premissas que carecem de fundamento".

Entre os argumentos para o desacordo, a EIG cita que, para chegar ao valor justo indicado pela Brasil Plural, o laudo de avaliação indica que a companhia incorrerá em investimentos de capital (capex) em montante superior a 6 bilhões de reais.

"Isso é incompatível com o capital disponível da companhia e pressupõe necessariamente futuros aumentos de capital", afirmou.

Às 10:56, as ações da Prumo subiam 7,25 por cento, a 9,02 reais. O Ibovespa, principal referência do mercado acionário brasileiro, mas que não tem as ações da operadora logística em sua composição, tinha acréscimo de 0,15 por cento.

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