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A 'marca' Mbappé: entenda pedido do atacante para proteção de sobrenome e comemoração

Pedido foi feito à Oficina de Propriedade Intelectual da União Europeia

De acordo com informação da agência internacional EFE, ele pediu exclusividade na utilização de seu de sobrenome e das comemorações (Liewig - Corbis/Getty Images)

De acordo com informação da agência internacional EFE, ele pediu exclusividade na utilização de seu de sobrenome e das comemorações (Liewig - Corbis/Getty Images)

Antonio Souza
Antonio Souza

Repórter da Home e Esportes

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 13h19.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2024 às 13h20.

Em meio aos rumores de uma eventual saída para o Real Madrid, o atacante Kylian Mbappé, atualmente no PSG, da França, também vem se preocupando com o entorno de sua imagem. De acordo com informação da agência internacional EFE, ele pediu exclusividade na utilização de seu de sobrenome e das comemorações, com a intenção de registrar e explorar comecialmente essas duas marcas, em diferentes setores do mercado da União Europeia (formada por 27 países).

O pedido foi protocolado no começo deste mês de fevereiro à Oficina de Propriedade Intelectual da União Europeia, pelos advogados do atleta, mas só se tornaram públicos na última terça-feira, 20.

"O atleta deve pensar sempre em proteger sua imagem comercial, vejo esta atitude como algo normal. As redes sociais e todos seus movimentos devem ser minuciosamente explorados, não apenas no momento da carreira em desenvolvimento como também de forma planejada para os seus anos pós carreira; a cada dia que passa fica mais claro para todos que os superatletas são uma forma objetiva e forte de se conectar com uma comunidade gigante de fãs", aponta Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

Com relação aos gols, Mbappém tem o hábito de sair comemorando com os braços cruzados. Neste caso, a garantia a esses os direitos comerciais tem a finalidade de proteger o desenho do corpo do jogador pintado de preto, com os braços cruzados e apenas os seus polegares pincelados em branco.

Com a proteção, tanto o sobrenome quanto a imagem da comemoração podem ser explorados em diversos produtos, como cadernos escolares, bolsas, cosméticos, relógios, roupas, entre outros.

Para especialistas em gestão e marketing esportivo, Mbappé dá um passo a frente caso consiga proteger esses direitos, já que conseguirá explorar comercialmente com exclusividade e, assim, monetizar com ainda mais propridade.

"Mbappé, assim como outros ícones da história do esporte, já se tornou uma marca global. Natural que ele queira registrar as representações dessa marca, tanto visual como textualmente, em busca de explorar as oportunidades comerciais que se abrem tanto no mercado francês como no exterior. Imagina as possibilidades que surgirão jogando no Real Madrid, ou se um dia for para o Oriente Médio", aponta Alexandre Mota, Diretor de Criação da End to End.

"Se o Jumpman, logo do AirJordan eternizado através da fotografia de Jacobus Rentmeester, a marca Pelé que segue se valorizando mesmo após o falecimento do Rei do futebol mostraram-se grandes negócios do mundo do marketing esportivo, o movimento de Mbappe, a maior expressão do futebol francês das últimas décadas, pode ser facilmente compreendido”, analisa Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

“Sob o aspecto de marketing e comercial, acho uma boa idéia, já que a imagem e a marca dele valem centenas de milhões de euros. E esse personagem foi criado através dos feitos conquistados por ele. Uma vez protegido esses direitos por lei (se é que conseguirá), o atleta terá um produto ainda mais exclusivo a oferecer ao mercado”, acrescenta Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.

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