ESG

4 em cada 10 motoristas consideram comprar um automóvel elétrico ou híbrido, afirma OLX

De acordo com dados da ABVE, São Paulo é o município com a maior frota de automóveis eletrificados, seguido de Brasília e Rio de Janeiro

Carros elétricos e híbridos: cresce procura e consumo por essas classes de veículos, diz OLX (Leandro Fonseca/Exame)

Carros elétricos e híbridos: cresce procura e consumo por essas classes de veículos, diz OLX (Leandro Fonseca/Exame)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 06h20.

Última atualização em 19 de janeiro de 2024 às 09h36.

Quatro em cada 10 motoristas consideram comprar um automóvel elétrico ou híbrido, é o que revela a pesquisa Tendências do Consumidor – Mobilidade Urbana, elaborada pelo Data OLX Autos, braço de análises do Grupo OLX, que atende pessoas físicas e concessionárias, lojas de usados e empresas de locação de carros. O levantamento entrevistou consumidores para saber detalhes sobre a relação com a compra de automóveis. 

“Muito se tem falado sobre a relevância dos carros elétricos e nós, dentro do nosso trabalho como fonte de dados para o mercado, estamos comprometidos em acompanhar de perto essas e outras novidades do setor a partir da relação que temos com as empresas e compradores de automóveis”, afirma Regina Botter, diretora geral da OLX em entrevista à EXAME.

A maioria dos consumidores, de acordo com o estudo, têm carros para uso pessoal (74%). E, para 72% dos respondentes, veículos com tecnologia são mais relevantes do que aqueles com design inovador, além de que veículos flex são mais interessantes do que veículos à diesel. 

Segundo a ABVE, o Brasil emplacou em torno de 78 mil veículos elétricos entre os meses de janeiro e novembro de 2023 nas 10 principais cidades do país. São Paulo é o município com a maior frota de automóveis eletrificados do país em 2023, com cerca de 13 mil unidades e 17% de participação na frota nacional de carros elétricos (share), seguido de Brasília e Rio de Janeiro.

“O aumento da frota de carros híbridos e elétricos emplacados no país, segundo dados da ABVE, mostra que o consumidor brasileiro está mais receptivo às possibilidades que esses modelos oferecem”, diz Botter. 

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Além disso, houve o crescimento dos pontos de recarga de veículos elétricos no país. Enquanto em 2020, o país contava com 350 eletropostos, quase três anos depois, o número subiu para 3.800. A estimativa da ABVE para 2025 é que o número alcance a marca dos 10.000.

"Uma pesquisa que fizemos no ano passado, intitulada O consumidor e o mercado automotivo revela que, no mercado brasileiro, os consumidores têm uma preferência significativamente maior por carros híbridos em comparação com veículos exclusivamente elétricos. Infelizmente, a sustentabilidade ainda ocupa a última posição no ranking dos fatores que influenciam a decisão de compra de automóveis, indicando que, para a maioria dos consumidores, essa consideração não é prioritária", afirma Botter. 

Carros elétricos no Brasil 

Dentre os modelos eletrificados, o E-JS1, da JAC, representa 6% de share do total de elétricos comercializados na plataforma da OLX em no ano passado. O BMW I3 é o segundo colocado, também com 6% de participação, e o Volvo XC40 é o terceiro, com 5%.   

 O Porsche Taycan foi o modelo elétrico mais procurado no site e app, enquanto o Nissan LEAF é o mais anunciado no ano. Dos sete carros elétricos mais vendidos, o BMW I3, com preço médio de R$ 207 mil, representa uma economia de mais de 35% em relação a um modelo novo. Segundo a OLX, esse é o maior custo-benefício dentre os modelos listados.

A procura por carros híbridos

Os três modelos híbridos mais vendidos por meio da OLX em 2023 são da Toyota. O Corolla lidera o ranking, com 42% de share dentre todos os modelos desse tipo comercializados no período. O Prius vem na segunda colocação, com 6% de participação. O RAV4 ocupa a terceira posição, com 3%. Já o Prius é o carro híbrido com maior economia em relação a um novo, com 77% e preço médio de R$ 90 mil.

“Vale ressaltar que é preciso acompanhar os impactos não só dos investimentos em eletropostos e demais aspectos de infraestrutura que favoreçam o consumo de carros elétricos e híbridos, mas também no comportamento do mercado mediante o retorno gradual do imposto de importação para modelos elétricos agora no começo do ano, que pode chegar a 35% em 2026, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)”, diz Botter.

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