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Eduardo Suplicy revela diagnóstico de Parkinson e tratamento com Cannabis medicinal

Deputado estadual por SP diz que vai lutar pela regulamentação da distribuição do medicamento no país, hoje acessível com facilidade apenas a pacientes com condições financeiras

Segundo Suplicy, foi seu geriatra, Nelson Carvalhaes, quem identificou os sinais do Parkinson (Larissa Navarro / Alesp/Flickr)

Segundo Suplicy, foi seu geriatra, Nelson Carvalhaes, quem identificou os sinais do Parkinson (Larissa Navarro / Alesp/Flickr)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 19 de setembro de 2023 às 07h56.

O deputado estadual de São Paulo Eduardo Suplicy revelou ter sido diagnosticado com o Mal de Parkinson e iniciado tratamento com Cannabis medicinal. Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", o petista de 82 anos afirmou que a doença foi detectada em estágio inicial, com sintomas leves, no fim do ano passado.

Segundo Suplicy, foi seu geriatra, Nelson Carvalhaes, quem identificou os sinais do Parkinson. O deputado, então, procurou especialistas, que chegaram ao diagnóstico do Mal degenerativo, que afeta o sistema nervoso central de forma progressiva.

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À "Folha", Suplicy disse que nada havia mudado em sua vida, apesar da doença.

— Eu não me dei conta de que tinha Parkinson. Só mais tarde, conversando com a doutora Luana Oliveira, é que fui percebendo alguns sintomas — afirmou o deputado, em referência à neurologista integrante do núcleo de Cannabis medicinal do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. — Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres, de tomar uma sopa. Tremia um pouco.

Dores musculares

Suplicy também relatou dores musculares na perna esquerda e um desequilíbrio que, por vezes, o fazia tropeçar e quase cair. O político reuniu os filhos — João Suplicy e Supla — para falar do Parkinson e avisar que tornaria o diagnóstico público. Um motivo extra para isso, segundo a "Folha", foi a decisão de defender a regulamentação da distribuição de Cannabis medicinal para o público.

Atualmente, pacientes sem condições financeiras têm dificuldades para acessar o tratamento. Como não está disponível no SUS, o medicamento em geral é obtido por meio de associações terapêuticas que acionam a Justiça.

Em fevereiro, Suplicy importou um vidro de Cannabis industrializada para iniciar o tratamento. Ele toma cinco gotas do remédio no café da manhã, outras cinco à tarde e mais cinco à noite. Também toma o medicamento Prolopa, receitado pelos médicos.

Nesta terça-feira, uma audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, em Brasília, vai tratar da proposta de regulamentação do cultivo e da distribuição da Cannabis no país. Suplicy vai participar do evento e contar a própria experiência.

— Tudo melhorou bastante — disse à "Folha" o político, que também se exercita três vezes na semana com uma personal trainer. — A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou. Tenho caminhado com firmeza

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