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Possível eleição de Trump já afeta o mercado cambial

Yuan é a moeda que está servindo como termômetro para analisar os riscos da eleição nos EUA

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de maio de 2024 às 08h29.

Última atualização em 8 de maio de 2024 às 09h12.

As eleições nos EUA acontecem daqui a pouco menos de seis meses, mas a tensão no mercado cambial já é cristalina.

No caso do yuan, a volatilidade implícita para a moeda entre três e seis meses subiu pelo segundo dia. O spread cresceu 1,2% na terça ante 0,73% na sexta, maior aumento desde 2011, segundo dados da Bloomberg.

Os traders parecem ter levado em consideração um cenário com uma vitória de Donald Trump. Essa configuração lembra 2016, quando Trump concorria pela primeira vez à presidência e venceu. Com o passar de seu governo, as hostilidades com a China só aumentaram.

Naquele período eleitoral, a moeda que servia como termômetro era o peso mexicano - também pelo discurso inflamado do republicano a respeito do país vizinho, sobretudo por causa do muro construído na fronteira para barrar a entrada de imigrantes ilegais.

Desta vez, o yuan provavelmente assumirá esse papel de medir as oscilações do mercado cambial. A volatilidade da moeda chinesa para três e seis meses ressalta a preocupação dos investidores com a votação nos EUA.

Para a China, e consequentemente o yuan, os riscos políticos parecem elevados principalmente por causa da promessa de Trump de impor tarifas de 60% sobre as importações chinesas.

O nervosismo também está aparecendo em outros lugares, embora não sejam tão destacados. O spread entre a volatilidade implícita de três e seis meses meses para o peso mexicano ficou em 1% na terça-feira, quase quatro vezes acima do fechamento de sexta-feira, mas ainda abaixo de sua máxima de 2024.

Para o euro, a diferença entre a volatilidade de três e seis meses se aproximou de 0,5 ponto percentual na terça-feira, nível visto pela última vez em novembro de 2021, segundo a Bloomberg.

Trump lançou a ideia de uma taxa de 10% sobre todas as importações estrangeiras, com a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertando no início deste ano que o continente deveria se preparar para "tarifas potenciais" e "decisões duras" à frente.

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